Série…”Questão de Lógica”: Descartes

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Se p, então q.

No raciocínio lógico, a proposição “p” é a CONDIÇÃO SUFICIENTE para a proposição “q”. Ou seja, para que “q” ocorra, basta que haja “p”. Contudo, para que a posição “q” ocorra, não é obrigatório haver “p” ou somente “p”. Podem existir outras condições que culminem, isolada ou conjuntamente, em “q”.

Por outro lado, “q” é a CONDIÇÃO NECESSÁRIA de “p”. Em outras palavras, dada a ocorrência de “q”, deve haver obrigatoriamente a ocorrência prévia de “p”.

Quando Descartes disse “Penso, logo (então) existo”, ele incorreu em um erro lógico gravíssimo. Está tudo invertido! Pois, o ato de pensar não basta para a minha existência. Ao contrário, o existir PRECEDE o meu pensamento. E, se eu existo, isso NÃO implica necessariamente no ato de pensar.

O mais correto seria: “Existo, logo penso”. Se eu penso, isso implica necessariamente na minha existência anterior ao ato de pensar. E o existir, junto com outras condições, culminam no ato de pensar.

Descartes foi um grande matemático, mas deixou a desejar, pelo menos nesse ponto, na Filosofia.